A Neoenergia não tem um pingo de respeito com os seus trabalhadores. No momento em que a holding comemora os melhores resultados alcançados na sua história, com lucros fabulosos e muito dinheiro remetido para Espanha à custas do suor dos trabalhadores brasileiros, os verdadeiros responsáveis pelo sucesso do Grupo Neoenergia são completamente desrespeitados. Ansiosa, a categoria aguarda a apresentação dos números finais, já que no último dia 04, o resultado da PLR 2019 foi negociado com os dirigentes da Intersindical, na sede da holding, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, como acordado, as empresas apresentam situação atual dos indicadores para a negociação da nova PLR.
Lamentavelmente, nesse período ocorreu o falecimento do companheiro Pompeu, dirigente do Sindurb e importante liderança da Intersindical. Entendemos e achamos compreensível o primeiro cancelamento da reunião em respeito ao nosso grande companheiro. Ocorre, entretanto, que após esse período, a Intersindical vem cobrando a realização das reuniões nos Estados e a Neoenergia não sinalizou com uma nova data. Além disso, não repassou para a Intersindical as planilhas de divulgação e conhecimento dos trabalhadores, de forma detalhada com previsões de pagamento por faixas salariais.
A Intersindical inclusive se organizou para realizar a ampla divulgação através do seu boletim oficial “Conexão” dos números da PLR, na última terça, 10, mas infelizmente, foi mais uma vez enganada pela Direção da Neoenergia e não teve acesso as informações para produzir o material. A ideia era inclusive informar no Boletim as datas das assembleias para analisar a PLR e os objetivos de 2020.
“Este é um tratamento desrespeitoso com a categoria. A Neoenergia obteve o melhor resultado da sua história fruto do esforço de cada trabalhador. Não se justifica, portanto, esse descaso. E tem mais, este ano a Neoenergia veio com uma invenção de só pagar a PLR de 2019 se os objetivos de 2020 forem aprovados pelos trabalhadores, o que é mais uma grande falta de respeito”, menciona Paulo de Tarso, Diretor do Sinergia Bahia.
“Queremos que a Neoenergia não volte atrás e honre o pagamento da PLR 2019, conforme foi acordado com os Sindicatos. Na negociação para o pagamento da PLR 2019 não foi acordado a vinculação do pagamento à aprovação dos Objetivos de 2020, se Ignacio Galán e Mário Ruiz não honram as palavras deles na Espanha, no Brasil vão ter que honrar”, destaca o coordenador da Intersindical, José Fernandes.
Nesta semana, a Intersindical vai exigir que as reuniões ocorram o mais breve possível na Celpe, na Coelba e na Cosern. Caso a Neoenergia não assegure a realização das reuniões, os sindicatos irão convocar os trabalhadores para definir as ações de luta para garantir o andamento do processo da PLR.
Grupo condiciona antecipação à aprovação dos objetivos 2020
Na reunião com a Neoenergia, diante dos resultados apurados, os dirigentes sindicais tentaram assegurar a antecipação do pagamento da PLR, para isso, montaram um cronograma de ações com responsabilidade de cumprimento de ambas as partes para poderem apresentar os números que seriam submetidos para a análise da categoria. A Neoenergia, entretanto, condicionou o pagamento à aprovação das metas e objetivos da PLR 2020.
Na opinião da Intersindical, essa situação precisa ser avaliada com extrema cautela. Neste ano, a PLR tem um resultado será positivo justamente pela avaliação criteriosa dos sindicatos, que constituíram uma comissão para avaliar e sugerir ajustes nos objetivos e metas inicialmente propostos pelas empresas para o ano de 2019.
“O ideal é que esse processo de definição dos indicadores da PLR 2020 ocorra através de um estudo técnico novamente. Somente com análise criteriosa podemos opinar sobre sua aprovação pela categoria e, dessa forma, diminuir os riscos de perdemos pontos que resultam numa PLR menor”, explica o diretor do Sindurb, Elton Barbosa.
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