Na prática, o desejo da Neoenergia/Iberdrola é suprimir as Fundações do Grupo, transferindo o patrimônio dos trabalhadores para a entidade, recém-criada, onde os trabalhadores não terão representatividade, deixando um patrimônio de mais de 4 bilhões de reais longe dos olhos dos participantes e beneficiários, dando intranquilidade na qualidade de vida de quem tem ou terá sua renda mensal complementada pelas Fundações.
O Estatudo da nova Fundação não é claro ao tratar da paridade no Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal. O documento fala sobre vagas destinadas aos membros representantes dos Participantes e os Assistidos, eleitos pelo Corpo Social. Não há, entretanto, garantia efetiva na representação dos participantes nos Conselhos mencionados.
A Diretoria Executiva pela nova Fundação Néos será por indicação direta de profissionais em concordância da Patrocinadora, deixando de existir o diretor eleito pelos participantes e os assistidos, perdendo governança corporativa – conjunto de práticas com a finalidade de alinhar os objetivos dos interesses dos participantes e beneficiários ao do patrocinador.
Por esses, entre tantos outros motivos é que consideramos como prejudicial a criação da Néos. Os impactos dessa nova Fundação podem penalizar os trabalhadores, que diminuíram sua representatividade e, dessa forma, deixarão de ter seus interesses preservados, sobretudo em situações adversas de mercado, onde a representação mantém o equilíbrio das partes nas decisões que nos impactam.
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