Prezado Senhor,
Nos deparamos mais uma vez com as discussões sobre a PLR dos trabalhadores do grupo Neoenergia. Sabemos que o fruto do nosso debate carrega a expectativa e o desejo dos responsáveis por fazer as empresas crescerem e gerar o tão desejado lucro para os acionistas.
Por saber a responsabilidade que temos, não podemos precipitar agora o debate que deveria ser iniciado no início do ano, conforme inclusive compromisso da própria Neoenergia nas reuniões que definiram o acordo da última PLR. É preciso que os dirigentes sindicais, de forma criteriosa e propositiva, respeitando os limites de tempo, possam se debruçar sobre o que nos foi apresentado.
Assim, respeitando o compromisso de manter o diálogo e tentar sempre encontrar o melhor caminho para os trabalhadores, sugerimos que:
A) A metodologia da PLR se mantenha como vem se praticando nos últimos anos;
B) Os objetivos e as metas sejam objeto de melhor análise, com a realização de uma nova reunião. Sugestão que ocorra nos próximos dias 13 e 14 de agosto, em local a ser definido;
C) Avaliar, desde já, as seguintes recomendações da comissão dos dirigentes sindicais que discute a PLR:
* Apresentação mensal para todos os trabalhadores – status dos indicadores; * A empresa ter um responsável de cada indicador para atingir a meta;
* Abrir indicadores para dar ciência sobre os números reais, ex. internalização;
* Fornecer fórmulas de cálculos de indicadores, quando houver;
* Fazer apresentação mensal para as comissões de PLR dos sindicatos.
Importante destacar que, apesar da grande cobrança dos sindicatos, desde o início do ano, a Neoenergia somente apresentou as metas e os objetivos da PLR no final do sétimo mês do ano, desmarcando inclusive duas reuniões onde os dirigentes se fizeram presentes, mesmo fora dos seus estados.
A proposta apresentada nas três empresas para a PLR traz, em sua essência, mudanças significativas, o que nos obriga a analisar e entender seus respectivos contextos para, inclusive, podermos sugerir eventuais mudanças ou adequações. Neste momento, não temos sequer condições de opinar sem saber as informações de acompanhamento mensal dos objetivos ou as ações que as empresas têm ou pretendem executar para as metas que sinalizam-se como não exequíveis possam ser cumpridas.
Registra-se que a apresentação das informações por empresa só foram realizadas nos últimos dias, não oportunizando a análise criteriosa, fruto de uma avaliação responsável para emitirmos opiniões balizadas tecnicamente. Ademais, essas informações são de domínio exclusivo das empresas, sem que os dirigentes sindicais possam acompanhar seu desenvolvimento e aplicação diária.
Pelos motivos apresentados, reforçamos nosso pedido de rediscutir essa questão em uma nova reunião, sem prejuízo às discussões deste encontro, que servirá para ampliar as informações sobre este processo.
Atenciosamente,
Intersindical Neoenergia
Sindurb/PE
Sintern/RN
Sinergia/BA
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