Quando for creditado o valor da PLR na conta de cada trabalhador em abril, é importante lembrar que houve por trás de tudo uma luta muito grande dos dirigentes sindicais para que prejuízos na distribuição não ocorressem.
Durante todo processo de negociação, a Neoenergia queria mudar a forma de divisão, dos atuais 50/50%, para 70% variável e 30% fixo. Na prática, além de perda considerável no valor a ser recebido por cada trabalhador, a mudança iria favorecer os níveis dos que possuem salários mais altos.
Outra investida da Neoenergia que foi evitada pela Intersindical era o desejo de estabelecer uma limitação de 2,5 folhas líquidas para pagamento da PLR. Embora esse limite, de imediato, não seja alcançado, a lógica de impor limitador é, por si só, prejudicial, o que foi rechaçado pelos dirigentes dos três sindicatos.
A cada encontro haviam investidas da Neoenergia para prejudicar os trabalhadores. Durante as reuniões, os representantes da direção da holding defenderam que o percentual de distribuição passasse para 1% do lucro líquido do grupo e não de cada empresa. Em outras palavras, isso representava uma drástica redução nos valores da PLR para os trabalhadores.
“O que se percebeu foi uma tentativa voraz de esvaziar o bolso dos trabalhadores do grupo, mas, por outro lado, aumentar o lucro dos acionistas. Ou seja, criar regras que amplie o repasse para os enviar dinheiro para os donos do negócio e diminuir cada vez mais a parcela dos verdadeiros responsáveis pelo crescimento das empresas”, explica José Fernandes, coordenador da Intersindical.
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